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Title: A crise zimbabweana e seu impacto para o corredor da Beira, c. 1990-2009
Authors: Hedges, David
Muchanga, Inordine Abdul Khadry
Keywords: Corredor da Beira
Linha férrea Beira-Mutare
Oleoduto
Crise zimbabweana
Issue Date: 13-Jan-2018
Publisher: Universidade Eduardo Mondlane
Abstract: O Corredor da Beira e a antiga Rodésia do Sul (Zimbabwe) tem um passado comum que remonta desde o século XIX quando foi concluída a ligação ferroviária entre estes em 1899. A construção das infra-estruturas ferro portuárias que hoje comportam o Corredor da Beira resulta do dinamismo do capital rodesiano e da necessidade de via de escoamento economicamente rentável por parte desta colónia britânica. Durante os anos de 1960 o Corredor da Beira alcançou o seu ponto mais alto de manuseamento de carga em cerca de 4, 3 milhões de tons somente no ano de 1965, graças a grande contribuição dos seus clientes do hinterland, com a Rodésia do Sul a ocupar o lugar de destaque. A partir da segunda metade da década de 1960 até 1975 o volume de mercadoria manuseado pelo porto da Beira decresceu, sendo crítico entre 1976 e 1980, devido a sanções impostas ao principal cliente, a Rodésia do Sul pela Inglaterra e seus parceiros internacionais e postas em prática pelo Moçambique independente, através do encerramento das fronteiras. Em 1980, o corredor reiniciou a sua ligação com o ex Rodésia do Sul (agora Zimbabwe). Contudo, esta situação não foi acompanhada com o crescimento do tráfego de e para Zimbabwe, pelo menos até 1986 devido a várias acções protagonizadas pela África do Sul (desde acções militares, sabotagem e psicológicas) contra este, e consequente desvio ao seu favor da grande parte da mercadoria do hinterland. A partir de 1987 o volume da carga manuseada pelo porto da Beira começou a crescer substancialmente até pelo menos 1997, altura em que Zimbabwe começou a registar momentos conturbados que se prolongaram até a década de 2000. O presente estudo com o recurso a fontes secundárias (bibliografia) e primárias (bases de dados) dos Caminhos de Ferro de Moçambique- Centro demonstra que a crise zimbabweana das décadas de 90 e 2000 impossibilitou o país de produzir os produtos agrícolas (tabaco, algodão, açúcar, chá, cereais) que alimentavam o seu comércio internacional. Com este défice, Zimbabwe passou a exportar poucas quantidades de produtos agrícolas para o mercado regional particularmente, o sul-africano, reduzindo drasticamente as suas exportações para o resto do mundo sobretudo para o mercado da União Europeia que antes da crise constituía seu principal mercado. Perante a situação que descrevemos, o nosso argumento é que a crise zimbabweana contribuiu para a redução do tráfego de mercadoria pelo Corredor da Beira, nomeadamente no sistema ferro portuário, dada a maior dependência pelo comércio internacional deste país
URI: http://www.repositorio.uem.mz/handle/258/248
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