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http://www.repositorio.uem.mz/handle258/1469
Title: | Geração 8 de Março: memórias marginais |
Authors: | Lobo, Almiro Paul, Leandro Teixeira, Vanize Mendes, Irene Abdulá, Grácio Taylor, Maria Madalena J. Lino Pinto, Isaura Macedo Gonçalves, Sandra Maria de Jesus Antão Mutemba, Balbina Joel da Conceição Paulo, Bartolomeu Gaspar, Manuel da Costa Rassul, Mário Jorge Ngunga, Armindo Saul Atelela Leite, Conceição [São] Guambe, Ribas Muchangos, Leontina Sarmento dos Costa, Rosa Matholo, Noémia Ruas, Carla [Picola] Junqueiro, Lucas Fernandes, Ana Maria [Noca] Araújo, Maria de Lurdes [Milú] Efraime júnior, Bóia Carrilho, Maria do Carmo Nyambihu, Maria Ângela Penicela Mendes, Mário Leonel Hermínio Casimiro, Cristiana Mulchande, Rafique Mussagy Marques, Mário Ruy Perdiz Reynolds Neves, Alexandra Valigy, Fausia Mucavele, Carlos Pedro Martins, Marisa Rangel Diniz, Carlos Manjate, Teresa Melo, Ana Martins, João Pedro Teixeira Silva, José Julião da Baltazar, Pedro Maciel Simão, Lúcia Manuel Razul, Alberto Cardoso, António Melo, Isabel Reis, Benilda Monteiro, José Augusto Walters Assis, Abel Dias, Orlando Alberto, Rosita Lai, Salvador Abdula, Ângela Cardoso, João Paul, Celso Menete, José Henrique Lopes Fagilde, Sarifa Abdul Magide |
Keywords: | Geração 8 de Março Memórias |
Issue Date: | 2025 |
Abstract: | Há muito tempo que, pelo menos em Moçambique, se fala da chamada “Geração 8 de Março”. Grosso modo, a expressão ”Geração 8 de Março” designa as várias cen- tenas de jovens cujo destino mudou a partir do discurso do Presiden- te Samora Machel, proferido no Pavilhão do Maxaquene, no dia 8 de Março de 1977 e estende-se até aos primeiros anos da década de 80, altura em que cada jovem passou a ter a oportunidade e a liberdade de escolher o curso que gostaria de frequentar ou a actividade profis- sional que pretendia exercer. Por decisão presidencial, naquele ano foram suspensos os 6o e 7o anos do ensino secundário e todos os alunos encaminhados para tarefas definidas pela direcção do Estado. Era o famoso “Chamamento da Pátria”. A independência de Moçambique foi proclamada a 25 de Junho de 1975. O êxodo de técnicos portugueses exigia a tomada de decisões arrojadas que mantivessem em funcionamento o Estado recém-inde- pendente. Os jovens, afectados pela histórica decisão de 8 de Março de 1977, foram colocados em todos os sectores considerados prioritários pela direcção do Estado. Educação, Saúde, Defesa e Segurança, Economia, Administração Pública, Partido, entre outros, podem ser apontados como exemplos. Em todo o País, centenas de jovens, muitos dos quais com menos de dezoito anos, sacrificaram os seus sonhos individuais e os dos seus pais para abraçar a utopia de reconstruir o País, de fazer de Moçambi- que a Pátria de todos os moçambicanos. Volvidos quase 50 anos, é altura de ouvir o testemunho daqueles so- bre quem recaiu a decisão presidencial de 8 de Março. São, nesse sentido, memórias marginais, isto é, não fazem parte da historiografia oficial e não têm outro propósito que não seja a simples partilha de recordações das aventuras e desventuras decorrentes do facto de terem sido chamados pela Pátria. Uma Disputa Insuspeita As datas são o que são, valem o que valem, em função do que o ser humano projecta. A importância ou irrelevância de uma data é convencional. A “praxis” – há quem prefira o termo “espírito” – do designado “Chamamento da Pátria” começou antes do dia 8 de Março de 1977. Há vozes que advogam que esses outros jovens pertencem à Geração da Transição ou Geração da Independência. Alguns deles também são autores de textos desta colectânea. Mas o objectivo desta obra não é debater esse tópico. É tão-somente adiar e, eventualmente, evitar a amnésia que ameaça a nossa capacidade de lembrar o que se passou, à medida que o tempo corre. |
URI: | http://www.repositorio.uem.mz/handle258/1469 |
Appears in Collections: | Livros - CEA |
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