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http://www.repositorio.uem.mz/handle258/1440
Title: | Factores associados à transmissão vertical de HIV: análise dos resultados das auditorias clínicas das crianças HIV positivas no programa prevenção de transmissão vertical, em Manica, Niassa, Sofala e Tete, Moçambique, de Outubro 2022 à Setembro de 2024 |
Authors: | Chilundo, Baltazar Wate, Argentina Novela |
Keywords: | HIV Crianças HIV positivas Transmissão vertical Programa prevenção de transmissão vertical Factores associados à transmissão de HIV Vertical transmission HIV-positive children Factors associated with HIV transmission Vertical transmission prevention program |
Issue Date: | 10-Jun-2025 |
Publisher: | Universidade Eduardo Mondlane |
Abstract: | A transmissão vertical (TV) do HIV continua a representar um desafio de saúde pública em Moçambique. Apesar dos avanços nas estratégias de prevenção, a taxa de TV permanece elevada, em cerca de 12.3% em 2024. Estima-se que em 2023, o país tenha registado 18.000 novos casos de infecções pediátricas por via vertical. Objectivos 1. Analisar as características demográficas e a oferta dos cuidados clínicos as crianças de 0- 18 meses de idade HIV positivas, nomeadamente o diagnóstico precoce infantil e profilaxia com ARV. 2. Analisar as características demográficas das mães das crianças, e o acesso aos cuidados clínicos, nomeadamente, ao tratamento antirretroviral (TARV), carga viral e a associação entre a idade e o estado de gravidez ou amamentação à entrada no programa; e a carga viral e a adesão do TARV. 3. Identificar lacunas nos cuidados prestados às crianças HIV positivas e suas mães para a PTV. Metodologia Foi feita uma análise secundária, retrospectiva, de dados de auditorias clínicas entre Outubro de 2022 e Setembro de 2024, em 124 unidades sanitárias das províncias de Manica, Niassa, Sofala e Tete. A amostra incluiu 908 crianças e 902 mães HIV+, cujos dados foram extraídos de fichas de auditoria. As análises estatísticas foram realizadas utilizando Tableau e STATA versão 15 onde foram calculadas medidas de tendência central (médias, medianas), medidas de frequência absoluta, relativa ou proporções e o teste Qui Quadrado de Pearson para determinar associações entre variáveis maternas. Foi usado ainda o modelo sócio-ecológico do CDC para classificar a má adesão das mães ao TARV. Factores Associados à Transmissão Vertical do HIV: Análise dos Resultados das Auditorias Clínicas das Crianças HIV Positivas no Programa Prevenção de Transmissão Vertical, em Manica, Niassa, Sofala e Tete, Moçambique, de Outubro 2022 à Setembro de 2024. Resultados Foram auditadas 908 crianças e 902 mães, em 124 unidades sanitárias. A média de idade das crianças foi de 4,2 meses, 58% tinham mães que ingressaram no programa de PTV durante a gravidez, e 40% durante a amamentação. A maioria delas (85%) nasceu em maternidades e 65% receberam profilaxia antirretroviral. Das 467 crianças que iniciaram profilaxia dentro de 72 horas após o nascimento, apenas 11% completaram as 12 semanas de profilaxia. A idade média da mães foi de 27 anos, sendo 38% adolescentes ou jovens (≤24 anos). Embora 58% tenham iniciado o seguimento no programa durante a gravidez, apenas 4% iniciaram antes das 12 semanas gestacionais. Observou-se associação significativa entre a idade materna e o estado de gravidez ou amamentação de entrada no programa (χ2=13,77; p=0,0032). A cobertura de TARV entre as mães foi de 90% (812/902). Dentre as 44% (356/812) que tiveram a CV monitorada a supressão foi de 46%. Cerca de um terço das mães interromperam o TARV por mais de 28 dias. A não adesão ao tratamento resultou de factores interligados onde cerca de 60% foram causados por factores individuais e organizacionais, como esquecimento, partilha dos ARV, medo de efeitos secundários, medo de estigma, 19% devidos a aspectos interpessoais, como falta de apoio familiar e medo de revelar o estado serológico; 7% factores estruturais, como dificuldades de transporte ou acesso a alimentos e por fim os factores comunitários, como estigma e normas culturais com 4%. Conclusões Os resultados da avaliação apontam para múltiplos factores e perdas de oportunidade de oferta de cuidados ao longo da cascata para a PTV, nomeadamente a demora no diagnóstico de HIV, o início e completude da profilaxia infantil com ARV e má adesão materna ao TARV com consequente não supressão viral. É imperativo implementar intervenções integradas, multissetoriais e centradas na família, com foco na identificação precoce de infecção, retenção em cuidados e apoio contínuo às mulheres vivendo com HIV, visando a redução da transmissão vertical em Moçambique |
URI: | http://www.repositorio.uem.mz/handle258/1440 |
Appears in Collections: | Dissertações de Mestrado - FAMED |
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