dc.contributor.author |
Raimundo, Inês |
|
dc.date.accessioned |
2024-03-21T12:01:12Z |
|
dc.date.available |
2024-03-21T12:01:12Z |
|
dc.date.issued |
2020 |
|
dc.identifier.issn |
1981-9021 |
|
dc.identifier.other |
https://www.e-publicacoes.uerj.br/geouerj/article/view/53912/34786 |
|
dc.identifier.uri |
http://www.repositorio.uem.mz/handle258/868 |
|
dc.description.abstract |
This article is based on various studies undertaken by the author on Forced
Migrations in Mozambique and it introduces to the radiography of a country, which
has brought forth housing spaces deemed incomplete, that have resulted from a
combination of political-military tensions, natural disasters, development projects
and international migration trends. Mozambique is a Southern African country,
located in the southern East side of the continent. The Channel of Mozambique lies
in east coast limit zone of Mozambique in an extension of 2700Km stretch. Since its
independence from Portugal in 1975, the country has undergone through some
significant metamorphoses in its geographical territorial space, originated by
cyclical natural disasters, political and military events; social and economic factors
that hindered development and made people not realize the true meaning of
sedentary, as there is an emergency call towards Internally Displaced persons and
refugees. It is on record that upon its independence, the country adopted a
“hospitable policy” of hosting people that were escaping from oppressive regimes
such as “the likes” of Chile, former Southern Rhodesia (currently Zimbabwe), East
Timor and South Africa. Due to geographical location factors and the fact that the
country enjoyed military peace between 1992 and 2013, Mozambique played animportant role in hosting asylum seekers and refugees from the Region of Great
lakes of Africa and the Horn of Africa, apart from investors and those who
pretended to be investors, the country saw an influx of people from different parts
of the world, Africa being the main contributor, Middle East, Europe, China, North
America and Brazil have contributed to the spatial shape of Mozambique. It is
important to refer that the immigrant population and those that are fleeing rarely
fixe their “roots” in hosting countries. The reason being, it is possible to observe in
all national territory the existence of places which reflects the reminiscent of a war
thorn scenario, which either construction buildings are not yet concluded or are
partially destroyed. The example of such, for instance the City of Xai-Xai in Southern
Mozambique, with the heavy sand project, the province of Sofala and the
unfinished Sugar plantation project while in Mandimba district in northern
Mozambique, a place filled with ruins. The development projects in course reflect
without a doubt the emergency character of a country with never-ending conflicts
and under reconstruction. It is about a vicious cycle that along time remained an
obstacle in allocating, housing spaces for construction purposes and for that I call
incomplete spaces or unfinished spaces. |
en_US |
dc.language.iso |
por |
en_US |
dc.publisher |
Geo UERJ |
en_US |
dc.rights |
openAcess |
en_US |
dc.subject |
Migrações |
en_US |
dc.subject |
População deslocada internamente |
en_US |
dc.subject |
Refugiados |
en_US |
dc.subject |
Espaços incompletos |
en_US |
dc.subject |
Migrations |
en_US |
dc.subject |
Internally displaced persons |
en_US |
dc.subject |
Refugees |
en_US |
dc.subject |
incomplete spaces |
en_US |
dc.title |
O ciclo vicioso de deslocamentos forçados e a formação de espaços incompletos em Moçambique |
en_US |
dc.title.alternative |
The vicious cycle of forced displacements and the formation of incomplete spaces in Mozambique |
en_US |
dc.type |
article |
en_US |
dc.description.resumo |
Este artigo baseou-se em vários estudos realizados pela autora sobre Migracões
Forçadas em Moçambique e, apresenta a radiografia de um país com espaços
habitacionais resultantes da conjugação de fatores político-militares, desastres
naturais, projetos de desenvolvimento e de imigrações internacionais.
Moçambique é um país da África Austral situado na costa oriental de África. É
banhado pelo Canal de Moçambique em uma extensão de 2700Km. Desde que
ficou independente de Portugal em 1975, tem sofrido metamorfoses significativas
em seu espaço geográfico, originadas por fenômenos cíclicos de desastres naturais,
por eventos político-militares, sociais e econômicos que não permitem que a sua
população não conheça o real significado de sedentarismo com o aparecimento da
chamada População Deslocada Internamente e população refugiada. Após a sua
independência, o país adotou uma “política hospitaleira” de acolhimento dos
povos em fuga de países de regimes opressores, como são os casos do Chile,
Rodésia do Sul (atual Zimbabwe) e África do Sul. Pela sua localização geográfica e
pelo fato de ter experimentado uma paz militar entre 1992 e 2013, o país passou
também a receber requerentes de asilo e refugiados, particularmente da região
dos Grandes Lagos de África e do Corno de África, além de investidores ou
pretensos investidores provenientes de várias partes do mundo com destaque para
a África, Ásia Menor, Europa, China, América do Norte e Brasil que em muito
contribuíram para a configuração espacial de Moçambique. Importa referir que a
população imigrante e em ‘fuga’ raramente fixa “raízes” nos países de acolhimento,
razão pela qual é possível observar em quase todo o território nacional a existência
de lugares cuja ocupação reflete cenários de projetos não concluidos (ruínas) e
infraestruturas destruídas ou inacabadas. Por exemplo, no Sul de Moçambique o
Distrito de Xai-Xai e o projeto de areias pesadas, no Centro de Moçambique nos
Distritos de Manica e Sofala e no Norte de Moçambique no Distrito de Mandimba,
na Província de Niassa. Os projetos de desenvolvimento em curso, espelham sem
dúvidas a emergência de um país em conflitos permanentes e em reconstituição.
Trata-se de um processo vicioso e cíclico que, ao longo do tempo aqui considerado,
faz surgir espaços habitacionais de construção e de destruição/desconstrução,
razão pela qual os chamamos espaços incompletos/inacabados. |
en_US |