Abstract:
Este trabalho visou verificar a competência discursiva dos alunos da 12a Classe do Ensino Secundário Geral em Moçambique e as implicações semântico-discursivas no uso gramaticalmente incorrecto dos operadores argumentativos opinativos. Ao analisar o uso dos operadores, procurou saber se, no contexto multilingue do ensino e produção escrita de textos, havia uma aliança entre o factor de ser ou não falante nativo de língua portuguesa e escrevente. Este estudo foi feito no contexto do uso funcional da linguagem e abarcou apenas os operadores que estabelecem as relações de justificação, adição, oposição, explicitação e/ou conclusão entre os enunciados sob o ponto de vista de coesão textual, coerência discursiva, organização lógico- semântica e retórica na construção de textos argumentativos no género de opinião. Acolheu a abordagem do tipo exploratório-descritivo e explicativo dos níveis I e II do conhecimento, testes de preenchimento de espaços e redacções. Os materiais de pesquisa foram aplicados a 100 alunos da 12a Classe do ESG de duas escolas na Cidade de Lichinga. A abordagem inferiu os dados por via descritiva, cruzando os subsídios do método experimental e a análise qualitativa, tendo concluído que os alunos não buscavam compreender e/ou construir um texto escrito pelo género cognitivo a que pertencia por não observarem uma série de factores contextuais e linguísticos oferecidos pelas diversas possibilidades de leitura e construção de textos. O trabalho recomenda a exposição mais envolvente dos materiais de vocabulário, gramática e estruturas textuais de acordo com o nível etário e metas dos programas do ensino, de modo a superar as dificuldades prevalecentes. Espera-se que o trabalho constitua mais um contributo valioso para o processo de ensino da leitura e redacção de textos argumentativos no género de opinião com o uso efectivo dos recursos que a argumentação dispõe
