dc.contributor.advisor |
Manuel, Sandra Cristina Félix |
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dc.contributor.author |
Matabele, Amanda Sérgio |
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dc.date.accessioned |
2025-07-07T11:05:57Z |
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dc.date.issued |
2023-12-01 |
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dc.identifier.uri |
http://www.repositorio.uem.mz/handle258/1436 |
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dc.description.abstract |
Nesta dissertação exploro narrativas de experiências com gestão de secreções vaginais com o
objectivo de compreender três principais dimensões: (a) como as pessoas interpretam e se
relacionam com as secreções vaginais; (b) como elas se relacionam com as outras pessoas e, (c)
como essas pessoas se relacionam com elas tendo como referência essas secreções. Com recurso
ao método etnográfico, usando as técnicas de entrevista semi-estruturada, observação e conversa
informal, explorei conhecimentos e interpretações sobre as secreções vaginais, os mecanismos e
as interações estabelecidas em torno do processo de gestão destas. Os resultados mostram que
existe um ideal de estado do corpo e higiene desejado na interação das mulheres com os outros,
pessoas próximas como amigos e família e parceiros íntimos. Entretanto existem fluídos como as
secreções vaginais que, embora possam ser expectáveis são indesejáveis na interação com os
outros devido ao cheiro, cor, volume e textura que são considerados anormais. Argumento que as
características das secreções vaginais como cheiro, textura e volume são associadas à falta de
cuidado com a higiene e à um estado de impureza. As respostas dadas pelas mulheres e por pessoas
próximas a elas à esse estado de impureza reforçam a ideia da existência de um ideal de como os
corpos devem estar apresentados na interação com outros, nesse sentido, os diferentes mecanismos
adoptados pelas mulheres para lidar com as secreções representam uma tentativa de controlar ou
de sair do estado de impureza em que se encontram |
en_US |
dc.language.iso |
por |
en_US |
dc.publisher |
Universidade Eduardo Mondlane |
en_US |
dc.rights |
openAcess |
en_US |
dc.subject |
Impureza |
en_US |
dc.subject |
Fluídos corporais |
en_US |
dc.subject |
Secreções vaginais |
en_US |
dc.subject |
Corrimento vaginal |
en_US |
dc.subject |
Impurity |
en_US |
dc.subject |
Body fluids |
en_US |
dc.subject |
Vaginal secretions |
en_US |
dc.subject |
Vaginal discharge |
en_US |
dc.title |
Impuras e aguadas: narrativas sobre experiências de gestão de secreções vaginais entre mulheres na cidade de Quelimane, Zambézia |
en_US |
dc.type |
thesis |
en_US |
dc.description.embargo |
2025-07-07 |
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dc.description.resumo |
In this dissertation I explore narratives of experiences with the management of vaginal secretions
with the aim of understanding three main dimensions: a) how people interpret and relate to vaginal
secretions, b) how they relate to other people and c) how these people relate to them with reference
to these secretions. Using the ethnographic method, using techniques such as semi-structured
interviews, observation and informal conversations, I explored knowledge and interpretations
about vaginal secretions, the mechanisms and interactions established around the process of
managing them. The results show that there is an ideal body status and desired hygiene in women's
interactions with others, close people as family and friends and intimate partners. However, there
are fluids such as vaginal secretions that, although they may be expected, are undesirable in this
interaction with others. I argue that the characteristics of vaginal secretions such as smell, texture
and volume are associated with a lack of care with hygiene and represent a state of impurity. The
responses given by women and these people close to them to this state of impurity reinforce the
idea of the existence of an ideal of how bodies should be presented in interaction with others, in
this sense, the different mechanisms adopted by women to deal with secretions represent an
attempt to control or escape of the state of impurity in which they find themselves |
en_US |