dc.contributor.advisor |
Macia Júnior, Adriano |
|
dc.contributor.advisor |
Lindegarth, Mats |
|
dc.contributor.advisor |
Lindegarth, Susanne |
|
dc.contributor.advisor |
Andrade, Carlos Pestana |
|
dc.contributor.author |
Mafambissa, Mizeque Júlio |
|
dc.date.accessioned |
2025-07-07T10:03:44Z |
|
dc.date.issued |
2024-01-30 |
|
dc.identifier.uri |
http://www.repositorio.uem.mz/handle258/1432 |
|
dc.description.abstract |
Oysters are important resources for the daily diet, a source of economic income for many
coastal communities and a delicacy for the tourism industry. In Maputo Bay, these
invertebrates species are intensively exploited for food consumption or as ornamental
objects for peoples inhabiting coastal areas, tourists and other resident and non-resident
communities. The high demographic pressure and easy access of the coastal
communities to the oyster banks, allows high captures of these organisms, causing
intense exploitation in the wild banks. This practice can lead to over-exploitation and
eventual risk of depletion in some areas around Maputo Bay. Thus, the goal of this thesis
is to evaluate the population dynamics with a focus on the oyster’s exploitation,
reproductive activities and larvae settlement as input for management measures to
prevent over-exploitation and as a baseline for future cultivation of oyster’s species in
large scale at Inhaca Island, southern Mozambique.
The thesis includes four (I-IV) studies that culminated with 5 published papers. Study I
(Paper I) aimed at assessing the catch per unit effort, density and size composition of
oysters Pinctada capensis and Saccostrea cucullata. The study was conducted over a
three-year period on eight locations at Inhaca Island. Transects, quadrats and daily
fisheries catches approaches were used. Results show that P. capensis is the most
exploited species on the island. Oyster densities, sizes and catches per unit effort were
higher in the less accessible areas only for P. capensis. Study II (Paper II) describes
reproductive aspects of these two species on Inhaca Island. Adult oysters were collected
monthly over two years period within seagrass banks for P. capensis and rocky shore
habitats for S. cucullata. Animals were evaluated using biometric and histological
analysis of the gonads. Females were predominant among larger individuals (>55 mm)
while males were more dominant among smaller individuals (<55 mm) for both species.
Five gonad maturation stages were identified: indifferent, developing I, developing II,
ripe and spent. The size at first maturity was 27 mm and 26.2 mm for pearl oyster
females and males, respectively, whereas for rocky shore oysters was 32.8 and 28.3
mm for females and males, respectively. Overall, the reproduction of S. cucullata and
P. capensis occurs mainly in summer, with a short resting period in winter. Study III
(Paper III) the combined effects of temperature and salinity on the embryonic and larval
development of the rocky oyster were investigated in laboratory conditions. A factorial
experimental design tested three temperatures (24, 30 and 34 oC) and three salinities (30,
35 and 40 parts per thousand) over a seven-day period. Larval survival and growth were
assessed by regular sampling by counting and measurement of larvae under an optical
microscope equipped with a micrometric scale. Significantly higher larval survival was
observed at the combination of 30 °C and 35 ‰ salinity. The lowest temperature (24 oC)
negatively affected growth regardless of salinity level and survival decreased linearly
with increasing salinities. Study IV (Paper IV and V), spat of Pinctada capensis and
Saccostrea cucullata and fouling fauna were collected using artificial substrate from
four (4) selected sites at Inhaca Island, during a field experiment of 8 months to assess
the effect of different factor (season, location, surface and duration) on spat settlement
and abundance of fouling fauna. Ceramic tiles were deployed from surface to 3 m depth
and replaced monthly. Overall, settlement in ceramic tile were higher for S. cucullata
than pearl oyster P. capensis. There was a tendency of higher number of spat settled
during summer than winter and on rough surface than smooth surface for both species.
The results have also indicated that the ceramic tiles could be used as substrate for rocky
shore oyster S. cucullata settlement in later summer (Paper IV). Five groups of fouling
vfauna were recorded on the oyster collectors: barnacles, gastropods, mussels, Polychaeta
and algae. The diversity of fouling fauna was higher on collectors deployed in seagrass
habitat than on rock shores. Barnacles dominate among fouling fauna on collectors. For
both rocky shore and seagrass habitat, there was a tendency to higher numbers of fouling
organism in summer and in rough surface. Artificial tiles used as oyster collectors, have
also shown to attract a variety of fouling fauna when deployed in rocky and seagrass
habitats (Paper V). |
en_US |
dc.language.iso |
eng |
en_US |
dc.publisher |
Universidade Eduardo Mondlane |
en_US |
dc.rights |
openAcess |
en_US |
dc.subject |
Oysters |
en_US |
dc.subject |
Baía de Maputo |
en_US |
dc.subject |
Pinctada capensis |
en_US |
dc.subject |
Saccostrea cucullata |
en_US |
dc.subject |
Ostras |
en_US |
dc.title |
Population dynamics of two oyster species pinctada capensis (Sowerby, 1872) and saccostrea cucullata (Born, 1778) with potential for aquaculture in Maputo Bay |
en_US |
dc.type |
thesis |
en_US |
dc.description.embargo |
2025-07-03 |
|
dc.description.resumo |
As ostras são recursos importantes para a dieta diária, uma fonte de rendimento económico
para muitas comunidades costeiras e uma etiqueta para a indústria do turismo. Na Baía de
Maputo, estas espécies de invertebrados são intensamente exploradas para consumo
alimentar ou como objectos ornamentais pelas populações que habitam as zonas costeiras, e
outras comunidades não residentes. A elevada pressão demográfica e o fácil acesso das
comunidades costeiras aos bancos de ostras, permite elevadas capturas destes organismos
nas áreas, causando uma intensa exploração nos bancos naturais. Esta prática pode levar à
sobre-exploração e eventual risco de diminuicão ou esgotamento nalgumas áreas em torno
da Baía de Maputo. Assim, o objetivo desta tese é avaliar a dinâmica populacional com foco
no nível de exploração das ostras, do ciclo reprodutivo e do assentamento de larvas como
contributo para definir medidas adequadas de gestão destes recursos para evitar a sobre-
exploração e que servirá como subsídio para o futuro cultivo de espécies de ostras em grande
escala na Ilha de Inhaca, sul de Moçambique.
A tese inclui quatro estudos (I-IV) que culminaram com 5 artigos publicados. O estudo I
(Artigo I) teve como objetivo avaliar a captura por unidade de esforço, a densidade e a
composição de tamanhos das ostras Pinctada capensis e Saccostrea cucullata. O estudo foi
efectuado durante um período de três anos em oito locais da Ilha da Inhaca. As amostragens
consistiram em transectos, quadrículas e capturas diárias de pesca. Os resultados mostram
que a P. capensis é a espécie mais explorada na ilha. As densidades de ostras, os tamanhos e
as capturas por unidade de esforço foram mais elevados nas zonas menos acessíveis apenas
para a P. capensis. O estudo II (Artigo II) descreve os aspectos reprodutivos destas duas
espécies na ilha da Inhaca. Ostras adultas foram colhidas mensalmente durante um período
de dois anos em bancos de ervas marinhas para P. capensis e em habitats de costa rochosa
para S. cucullata. Os animais foram avaliados através de análises biométricas e histológicas
das gónadas. As fêmeas foram predominantes entre os indivíduos maiores (>55 mm),
enquanto os machos foram mais predominantes entre os indivíduos mais pequenos (<55 mm)
para ambas as espécies. Foram identificados cinco estádios de maturação das gónadas:
indiferente, em desenvolvimento I, em desenvolvimento II, maduro e desovado. O tamanho
da primeira maturação foi de 27 mm e 26,2 mm para fêmeas e machos de ostras produtoras
de pérola, respetivamente, enquanto que para ostras das rochas foi de 32,8 e 28,3 mm para
fêmeas e machos, respetivamente. De um modo geral, a reprodução de S. cucullata e P.
capensis ocorre principalmente no verão, com um curto período de repouso no inverno.
Estudo III (Artigo III) os efeitos combinados da temperatura e da salinidade no
desenvolvimento embrionário e larvar da ostra-das-rochas foram avaliados em condições
laboratoriais. O delineamento experimental testou três temperaturas (24, 30 e 34 oC) e três
salinidades (30, 35 e 40 partes por mil) durante um período de sete dias. A sobrevivência e
o crescimento das larvas foram avaliados por amostragem regular através da contagem e
medição das larvas num microscópio ótico equipado com uma escala micrométrica.
Observou-se uma sobrevivência larvar significativamente mais elevada na combinação de
30 °C e 35 de salinidade. A temperatura mais baixa (24 oC) afectou negativamente o
crescimento, independentemente do nível de salinidade, e a sobrevivência diminuiu
linearmente com o aumento da salinidade. No estudo IV (Artigo IV e V), foram obtidos
sementes de P. capensis e S. cucullata e fauna incrustante utilizando substrato artificial em
quatro (4) locais seleccionados na ilha da Inhaca, durante uma experiência de campo de 8
meses, para avaliar o efeito de diferentes factores (estação, localização, superfície e duração
da colocação) no recrutamento das ostras e na abundância da fauna incrustante. As tijoleiras
foram colocadas desde a superfície até 3 m de profundidade e substituídas mensalmente. De
um modo geral, o assentamento nas tijoleiras foi mais elevado para a S. cucullata do que
viipara a ostra P. capensis. Verificou-se uma tendência para um maior número de larvas
assentadas durante o verão do que no inverno e na superfície rugosa do que na superfície lisa
da tijoleira para ambas as espécies. Os resultados também indicaram que as tijoleiras podem
ser utilizados como substrato para a colonização da ostra do substrato rochoso S. cucullata
no final do verão (Artigo IV). Foram registados cinco grupos de fauna incrustante nos
colectores de ostras: cracas, gastrópodes, mexilhões, Polychaeta e algas. A diversidade da
fauna incrustante foi mais elevada nos colectores colocados em habitat de ervas marinhas do
que nas rochas. As cracas dominam a fauna incrustante dos colectores. Tanto no habitat
rochoso como no habitat de ervas marinhas, verificou-se uma tendência para um maior
número de organismos incrustantes no verão e em superfícies rugosas. As tijoleiras utilizadas
como colectores de ostras também demonstraram atrair uma variedade de fauna incrustante
quando colocados em habitats rochosos e de ervas marinhas (Artigo V) |
en_US |