dc.contributor.advisor |
Sitoe, Eduardo |
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dc.contributor.author |
Maluana, Américo Mário |
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dc.date.accessioned |
2025-07-07T10:00:44Z |
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dc.date.issued |
2025-04-01 |
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dc.identifier.uri |
http://www.repositorio.uem.mz/handle258/1428 |
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dc.description.abstract |
O presente estudo analisa as implicações políticas da abundância de recursos naturais
estratégicos na governação democrática num sistema de partido dominante, partindo do caso
de Moçambique, no horizonte temporal que compreende 2009 e 2019. Em termos
metodológicos, os dados que enformam a análise foram colectados pela triangulação de
diferentes técnicas, desde a pesquisa bibliográfica, a pesquisa documental e entrevistas semi-
estruturadas. Os resultados do estudo mostram que apesar de as tendências autoritárias de
gestão do poder serem, praticamente congénitas ao regime, a descoberta de recursos naturais
estratégicos fez recrudescer tais tendências. Esses recursos influenciam a trajetória e a
configuração do sistema partidário dominante em Moçambique, na direção de uma democracia
iliberal, através do enfraquecimento da competição política, autoritarismo eleitoral e reforço
do poder autoritário, com implicações no espaço cívico. Para a elite política, a expectativa de
exploração de recursos e um futuro menos dependente de ajuda externa virou sinónimo de uma
governação menos vulnerável às pressões dos doadores para a institucionalização das normas
democráticas. O bipartidarismo que se assistiu nos primeiros anos de institucionalização da
democracia, marcado pela alta competição política e eleitoral entre a Frelimo e a Renamo, foi
substituído por um sistema de partido dominante com tendências hegemónicas. Sucede que
este domínio não tem sido sustentado por pressupostos de maturação do sistema democrático,
havendo uma trajetória oposta, que remete a ideia de efervescência autoritária e preservação
do poder a todo o custo, sobretudo a partir de 2009, num contexto que coincide com a
descoberta de enormes quantidades de recursos estratégicos na Bacia do Rovuma |
en_US |
dc.language.iso |
por |
en_US |
dc.publisher |
Universidade Eduardo Mondlane |
en_US |
dc.rights |
openAcess |
en_US |
dc.subject |
Recursos naturais estratégicos |
en_US |
dc.subject |
Autoritarismo |
en_US |
dc.subject |
Sistema de partido dominante |
en_US |
dc.subject |
Strategic natural resources |
en_US |
dc.subject |
Dominant party system |
en_US |
dc.subject |
Authoritarianism |
en_US |
dc.title |
Recursos naturais e restauração autoritária num sistema de partido dominante: o caso de Moçambique (2009 – 2019) |
en_US |
dc.type |
thesis |
en_US |
dc.description.embargo |
2025-07-03 |
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dc.description.resumo |
This study analyses the political implications of strategic natural resources endowment on
democratic governance in a dominant party system, with focus on the case of Mozambique in
the time horizon that comprises 2009 and 2019. In terms of methods, the data that inform the
analysis were collected by triangulation of different techniques, from bibliographical research,
documentary research and semi-structured interviews. The results of the study show that
despite the authoritarian tendencies of power management being practically congenital to the
regime, the discovery of strategic natural resources made such tendencies resurgence. These
resources influence the trajectory and configuration of the dominant party system in
Mozambique, towards an illiberal democracy, through the weakening of political competition,
electoral authoritarianism and reinforcement of authoritarian power, with implications for civic
space. For the political elite, the expectation of natural resource exploitation and a future less
dependent on external aid became synonymous with governance less vulnerable to pressure
from donors to institutionalize democratic norms. The two-party system that was seen in the
first years of institutionalization of democracy, marked by high political and electoral
competition between Frelimo and Renamo, was replaced by a dominant party system with
hegemonic tendencies. It turns out that this dominance has not been supported by assumptions
of maturation of the democratic system, with an opposite trajectory, which refers to the idea of
authoritarian effervescence and preservation of power at all costs, especially since 2009, in a
context that coincides with the discovery of huge reserves of strategic resources in the Rovuma
Basin |
en_US |