dc.contributor.advisor |
Braga, Carla M. T. |
|
dc.contributor.author |
Munguambe, Danícia Arlindo |
|
dc.date.accessioned |
2025-04-16T08:44:59Z |
|
dc.date.issued |
2024-10-01 |
|
dc.identifier.uri |
http://www.repositorio.uem.mz/handle258/1185 |
|
dc.description.abstract |
Nesta pesquisa procuro analisar as experiências que as pessoas têm do “fique em casa” e as
respostas dadas pelos residentes do bairro 16 de Junho à esta medida preventiva, considerando
os seus espaços habitacionais e os espaços de busca de alimento diário. A partir do mês de
Março de 2020, Moçambique passou a colocar em sua agenda o desenho de políticas de saúde
e políticas públicas para reduzir a ocorrência dos casos de infecção pelo SARS-CoV-2, o vírus
que causa a Coronavirus Disease 2019 (COVID-19). Neste âmbito, para além de medidas
como o uso de máscaras, higienização das mãos e objectos pessoais usados regularmente,
adoptou-se o “fique em casa” como uma das medidas para a redução do risco de infecção pelo
SARS-CoV-2. Alguns estudos realizados referentes à análise da implementação destas
medidas e sua relação com os modelos de habitação em Moçambique, mencionam que no país
o problema de habitação é um aspecto que deve ser tomado em conta para compreender a
exequibilidade da medida preventiva (SAMBO e JÚNIOR, 2021). Orientada pela
fenomenologia, como referencial teórico e articulada ao método etnográfico, a pesquisa fornece
evidências de especificidades subjectivas em relação ao cumprimento do “fique em casa”. Os
resultados do estudo indicam que o espaço habitacional assumido como espaço fluído (parte
das relações e necessidades das pessoas) remete a uma desconstrução de toda uma ideia de
possibilidade de se manter em casa. Ademais, (i) a rua como local de busca de sustento diário
caracteriza-se por um espaço de conflitos entre os cidadãos e a polícia municipal, microcosmo
assinalado por um conflito social cuja face mais marcante na minha pesquisa caracteriza-se
pelo conflito entre o vendedor informal e a polícia municipal; (ii) o corpo, quando submetido
a situações de fome, torna-se um corpo controlável mediante práticas de apoios e ajudas sociais.
Assim, a fome e a casa fazem do “fique em casa” uma medida preventiva com características
que depende das condições existentes em cada contexto |
en_US |
dc.language.iso |
por |
en_US |
dc.publisher |
Universidade Eduardo Mondlane |
en_US |
dc.rights |
openAcess |
en_US |
dc.subject |
Antropologia da saúde |
en_US |
dc.subject |
Espaço habitacional |
en_US |
dc.subject |
COVID-19 |
en_US |
dc.subject |
Anthropology of health |
en_US |
dc.subject |
Living space |
en_US |
dc.subject |
Lived experiences |
en_US |
dc.title |
Ficar em casa ou na rua: espaços habitacionais e as experiências vividas de COVID-19 na cidade de Chimoio |
en_US |
dc.type |
thesis |
en_US |
dc.description.embargo |
2025-04-15 |
|
dc.description.resumo |
In this research, I seek to analyze people's experiences of "stay at home" and the responses
given by residents of the 16 de Junho neighborhood to this preventive measure, considering
their living spaces and the spaces where they search for daily food. Since March 2020,
Mozambique has put on its agenda the design of health policies and public policies to reduce
the occurrence of cases of infection by SARS-CoV-2, the virus that causes Coronavirus Disease
2019 (COVID-19). In this context, in addition to measures such as the use of masks, hand
hygiene and regularly used personal objects, "stay at home" has been adopted as one of the
measures to reduce the risk of SARS-CoV-2 infection. Some studies carried out to analyze the
implementation of these measures and their relationship with housing models in Mozambique,
mention that in the country the housing problem is an aspect that must be taken into account to
understand the feasibility of the preventive measure (SAMBO and JÚNIOR, 2021). Guided by
phenomenology as a theoretical framework and articulated with the ethnographic method, the
research provides evidence of subjective specificities concerning compliance with "stay at
home". The results of the study indicate that housing is a fluid space (based on people's
relationships and needs) leads to a deconstruction of the whole idea of the possibility of staying
at home. In addition, (i) the street as a place to find daily sustenance is characterized by a space
of conflict between citizens and the municipal police, a microcosm marked by a social conflict
whose most striking face in my research is characterized by the conflict between the informal
vendor and the municipal police; (ii) the body when subjected to situations of hunger becomes
a controllable body through practices of social support and aid. Thus, hunger and the home
make "stay at home" a preventive measure with characteristics that depend on the conditions
in each context |
en_US |