Abstract:
De acordo com a Organizacao Mundial, as transformações económicas e sociais dos últimos séculos,
decorrentes da revolução industrial e tecnológica resultaram em uma grande mudança no perfil de mortalidade
populacional apresentando uma perspectiva de aumento consideravel no número de pessoas idosas e juntos uma
grande serie de eventos epidemiologicos relacionados com a idade avacada. De entre esses eventos destaca-se o
Acidente Vascular Cerebral e as sequelas por esta deixadas que por sua vez compromete negativamente no estiolo
de vida do sujeito afectando o nivel de actividade fisica e qualidade de vida. Objectivo: Avaliar o nível de
actividade física e a qualidade de vida de indivíduos com sequelas de AVC em atendimento nos Serviços de
Fisioterapia do Hospital Hospital Central de Maputo. Metodologia: Estudo descritivo transversal, constituído por
38 indivíduos, de ambos os sexos, seleccionados por conveniência, com idades compreendidas entre os 32 e os
85 anos. Foi usado um pedómetro para a recolha de dados relacionado com o nivel de actividade fisica e o
questionário SF36 para a avaliação da qualidade de vida dos sujeitos. O processo estatístico foi executado no
programa SPSS versão 22 onde foram calculadas as frequências e proporções para a estatística descritiva e o teste
de corelação de Spearman para verificar a relação entre a qualidade de vida e o nível de actividade física.
Resultados: Os resultados mostram que a maioria dos sujeitos era do sexo masculino (60.5%), a maioria (34.2%)
tinha idade superior a 65 anos, (71.1%). A maioria (76.3%) tinha um emprego antes da lesão e 68.4% eram
desempregados depois da lesão. Relativamente ao estado nutricional 65.8% estavamno nível de sobrepeso. Todos
os sujeitos foram considerados hipertensos e no tocante ao AVC a maioria apresentou o tipo isquémico. Nos
domínios da qualidade de vida o domínio aspecto físicos apresentou a média mais baixa (15±24) e o domínio de
estado geral da saúde apresentou a média mais elevada (58±17). O nível de actividade física foi considerado como
sedentário na maioria dos sujeitos. A relação da actividade física com a qualidade de vida foi negativa na maioria
dos domínios, porém não estatisticamente significativa. Conclusão: os níves de actividade física e qualidade de
vida foram negativamente afectados pelas sequelas do AVC.