Abstract:
1. Foram estudadas a estrutura, o estado da floresta e o estado de regeneração de nove florestas de mangais em duas áreas transfronteiriças de Moçambique, na fronteira com a Tanzânia e a África do Sul. O objectivo principal foi estimar a intensidade de corte nos locais seleccionados – Saco e Sangala no sul de Moçambique; Mecúfi, Pemba, Ibo, Luchete, Ulo no norte de Moçambique, e Mngoji 1 e Mngoji 2 na Tanzânia.
2. Um total de 135 quadrantes de 10 m × 10 m foram colocados nas partes externa, média e inferior das florestas de mangue em todos os locais de amostragem. As medições incluíram o diâmetro do caule à altura do peito (DAP) e a altura das árvores adultas (ou seja, todas as árvores com diâmetro do caule superior a 2,5 cm). Árvores jovens (com diâmetro de caule inferior a 2,5 cm) foram classificadas como juvenis. Para avaliar a condição da floresta, as árvores dentro do quadrante foram classificadas em intactas, parcialmente cortadas, cortadas, mortas e tocos. A qualidade do poste foi avaliada através da classificação da haste de chumbo em três categorias – postes retos, semi-retos e tortos.
3. Os resultados indicam diferentes níveis de exploração com Mngoji 1 e Mngoji 2, os locais mais degradados, com densidades de cepos de 959 cecos ha–1 e 592 cecos ha–1, respectivamente. A maioria dos locais tinha principalmente postes de qualidade inferior (postes tortos), mas altas densidades de postes retos e semi-retos foram encontradas em Mngoji 1 (742 caules ha–1) e Saco (636 caules ha–1).
4. A regeneração natural foi observada na maioria dos locais, mas não para todas as espécies, com regeneração adequada em Saco (14 766 mudas ha-1) e Mecúfi (14 706 mudas ha-1), enquanto baixa regeneração foi registrada em Mngoji 1 e 2 ( 2.212 mudas ha-1 e 4.799 mudas ha-1, respectivamente).
5. Estes resultados indicam a necessidade de uma melhor gestão e replantação de mangais, especialmente em áreas de conservação esgotadas de mangais no sul da Tanzânia (TRADUÇÃO NOSSA)
