Please use this identifier to cite or link to this item: http://www.repositorio.uem.mz/handle258/1472
Full metadata record
DC FieldValueLanguage
dc.contributor.advisorCuinhane, Carlos-
dc.contributor.authorMatavele, Sheila Lídia Arsénio-
dc.date.accessioned2025-08-12T08:22:50Z-
dc.date.available2025-08-12T08:22:50Z-
dc.date.issued2025-05-
dc.identifier.urihttp://www.repositorio.uem.mz/handle258/1472-
dc.description.abstractThe district of Namacurra produces enough food to sustain the needs of the local population, but t a high level of food insecurity. However, little is known about the reasons and eating habits of the population of this district. This research analyzed the perceptions of eating habits among adolescents in the Namacurra district. This study was based on the argument that adolescents' perceptions of their eating habits are complex and heterogeneous, given the interaction between their parents' economic, social and cultural factors, which shape adolescents' individual and collective habits. Methodologically, the study applied qualitative research based on 42 semi-structured interviews with adolescents and parents, 4 key players, and 8 focus groups with adolescents and parents. The data was analyzed using the content analysis technique and the interpretation of the results was based on Bourdieu's habitus theory. The results showed that both adolescents and their parents consume a variety of foods, both locally produced foods, such as cassava flour, rice, madjembe, mukwane (pumpkin leaf, tseke), and sweet potatoes, and non- locally produced foods such as maize and cabbage. In the family environment, cassava flour is the most consumed because it is associated with the perception that it gives strength and energy to carry out daily activities. In contrast, maize flower and cabbage are foods associated with high social status due to their scarcity and high cost of accessibility. In the school environment and on the street, adolescents prefer peanuts and malambi ice cream, foods that symbolize acceptance among their peers. Adolescents who eat different foods, such as sweet potatoes, suffer stigmatization. From the perspective of adolescents and parents, "food" represents what is prepared and consumed at home, while what is prepared by strangers and consumed on the street is not considered as food. The research concludes that adolescents' eating habits are a product of the socialization of their parents and the cultural environment in which they are inserted, revealing influence of socio-cultural factors on the formation of these habits.en_US
dc.language.isoporen_US
dc.publisherUniversidade Eduardo Mondlaneen_US
dc.rightsopenAcessen_US
dc.subjectAdolescentesen_US
dc.subjectHábitos alimentaresen_US
dc.subjectDieta alimentaren_US
dc.titlePercepções sobre os hábitos alimentares entre os adolescentes do distrito de Namacurra, província de Zambéziaen_US
dc.typethesisen_US
dc.description.resumoO distrito de Namacurra produz uma quantidade de alimentos capaz de suprir as necessidades da sua população, mas possui um elevado índice de insegurança alimentar. Contudo, pouco se sabe sobre esta contradição e os hábitos alimentares da população desse distrito. Esta pesquisa analisou as percepções dos hábitos alimentares entre os adolescentes do distrito de Namacurra. O estudo baseou-se no argumento de que, as percepções dos adolescentes sobre os seus hábitos alimentares são complexas e heterogéneas, tendo em conta a interacção entre factores económicos, sociais e culturais dos seus pais que moldam os hábitos individuais e colectivos dos adolescentes. Metodologicamente, o estudo optou por uma pesquisa qualitativa baseada em 48 entrevistas semi-estruturada com adolescentes e pais, 4 actores-chave, e 8 grupos focais de adolescentes e pais. Os dados foram analisados na base da técnica de análise de conteúdo, e a interpretação dos resultados baseou-se na teoria de habitus de Bourdieu. Os resultados mostraram que, tanto os adolescentes quanto os seus pais consomem uma variedade de alimentos localmente produzidos como, a farinha de mandioca, o arroz, madjembe, mukwane (folha de abóbora, tseke), e batata-doce quanto, alimentos não localmente produzidos, como milho e couve. No ambiente familiar, a farinha de mandioca é a mais consumida porque está associada à percepção de que, dá força e energia para desempenhar as actividades diárias. Em contraste, o milho e a couve são alimentos associados a um elevado status social devido a escassez e elevado custo para a sua aquisição. No ambiente escolar e na rua, os adolescentes preferem comer amendoim e gelinho de malambi, alimentos que simbolizam aceitação entre os seus pares. Adolescentes que consomem alimentos diferentes, como a batata-doce, sofrem estigmatização. Na perspectiva dos adolescentes e pais a “comida” representa o que é preparado e consumido em casa, enquanto que os “alimentos” são considerados aqueles que são preparados por desconhecidos e consumidos na rua. A pesquisa concluiu que os hábitos alimentares dos adolescentes são producto da socialização dos seus pais e do ambiente cultural no qual estão inseridos, revelando a influência dos factores socioculturais na formação desses hábitos.en_US
Appears in Collections:DS - FLCS - Dissertações de Mestrado

Files in This Item:
File Description SizeFormat 
2025 - Matavele, Sheila Lídia Arsénio.pdf1.67 MBAdobe PDFView/Open


Items in DSpace are protected by copyright, with all rights reserved, unless otherwise indicated.