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dc.contributor.advisorBarreto, Avertino-
dc.contributor.authorBragança, Luís Filipe José-
dc.date.accessioned2021-10-18T12:07:15Z-
dc.date.available2021-10-18T12:07:15Z-
dc.date.issued2005-09-05-
dc.identifier.urihttp://www.repositorio.uem.mz/handle/258/552-
dc.description.abstractA raiva e um zoonose endémica com impacto relevante na saúde publica, sobretudo porque e uma doença fatal para os humanos e todos animais de sangue quente. Quando declarada não tem cura, culminando com a morte após um período de evolução e sintomatologia, que impressiona sobremaneira. O seu controlo a nível nacional tem sido difícil especialmente pela carência de aproximação entre os diversos profissionais de saúde, da agricultura e da educação, não se vislumbrado uma solução a curto prazo. As medidas profilácticas tomadas ate ao momento, assim como, o pouco conhecimento da doença, em Moçambique, demonstram que não se tem atingido os resultados desejados, registando-se um sucessivo aumento do número de obtidos em humanos e animais. Em Moçambique, a província de Nampula, foi a que apresentou nos últimos três anos casos de raiva em humanos. Medidas de prevenção e educacionais dirigidas à população são pouco onerosas e muito eficazes, sendo reconhecidamente essenciais para a redução do número de casos da doença. Os objectivos deste trabalho foram descrever o conhecimento da doença nos estudantes das escolas primária do nível 2 (EP2) e informantes-chave na cidade e dois distritos da província de Nampula, como também, identificar quais os mecanismos de prevenção e transmissão conhecidos, avaliar os tratamentos efectuados a feridas por mordeduras assim como, analisar a correlação entre as variáveis seleccionadas. Tratou-se de um estudo descritivo e transversal combinando métodos quantitativos e qualitativos. O primeiro método englobou uma entrevista sobre Conhecimentos, Atitudes e Praticas (CAP) aos 210 estudantes das escolas primárias do segundo grau. O método qualitativo baseou se numa entrevista semi-estruturada dirigida aos 52 informantes-chave constituídos por Métodos (6), Enfermeiros (6), Pessoal Hospital (10), Veterinários (2), Professores (9), Directores (5), Directores Pedagógicos das Escolas (4), Autoridades Politicas (3), Encarregados de Educacao (5), Policia (1) e Técnico de Farmácia (1). Os resultados obtidos demonstram que os estudantes necessitam adquirir conhecimentos, sobretudo ao nível da prevenção e no tratamento urgente a efectuarem a feridas por mordedura. Dos inquiridos 87% afirmou já ter ouvido falar da raiva humana,.32.3% já terem visualizado raiva em humanos e 54% em animais. Da amostra, 19% dos estudantes desconhece as formas de propagação da doença, e apenas 45% afirma que o cão domestico e o transmissor principal da enfermidade. Os animais selvagens foram omitidos como transmissores. Sobre o período de vacinação, apenas 37% tem conhecimento que este conhecimento que esta deve ser efectuada anualmente, e 13% demonstraram, em geral, um desconhecimento total das principais medidas de prevenção. Quando questionados sobre o que fazer perante um animal agressor, apenas 24% manifestaram vontade de abater de imediato o agressor e 9% declarou que nada fariam. As diversas instituições responsáveis pela divulgarão da doença não se fazem correctamente, reflectidos pelos 76% dos estudantes que afirmaram não existir elucidação sobre esta doença por parte de qualquer entidade. No entanto, 96% dos estudantes demonstram muito interesse em ler um panfleto caso existisse. Factor bastante positivo e que 37% dos estudantes demonstraram ter conhecimento de que uma ferida por mordedura e perigosa e 47% declararam ser muito perigosa. No entanto 74% destes entrevistados afirmaram que a raiva poderia ser tratável. Sobre os procedimentos a efectuar após uma agressão, 49% dos alunos declararam deslocar-se de imediato a uma Unidade Sanitária e 40% declararam que fariam os primeiros socorros em casa, deslocando-se em seguida ao Hospital. No entanto, os tratamentos que efectuariam em casa não estariam correctos. Um aspecto positivo seria que esta atitude seria tomada por iniciativa própria, não necessitando de compassos de espera para iniciar o tratamento preventivo. Em geral os Informantes-Chave demonstraram ter um bom conhecimento sobre a doença e as suas formas de prevenção. Mas a inexistência de imunoglobulinas e roturas constantes de stocks de vacinas humanas em todas as Unidades Sanitárias da Província, a falta de canis e gatis são factores de extraordinária preocupação para este grupo de entrevistados. O presente contributo aponta para a importância do estabelecimento de novas iniciativas e financiamento das estruturas para o controlo da raiva. Assim, as campanhas de educação a todos os níveis sociais e profissionais, a implementacao de estruturas de decisão, diagnóstico, controlo e a monitorização a nível nacional devem formar um fluxo de cadeia de comandos de clara e rápida decisão. A escassez e inadequada informação sobre a doença produz uma ma compressão por parte das vitimas de mordedura, que tem reduzidos conhecimentos sobre a enfermidade, o que altera as atitudes correctas a ter logo após uma agressão em especial de um animal suspeito. Cientes das restrições dos recursos laboratoriais e financeiros, considera-se ser da competência dos ministérios da tutela dar importância ao investimento educacional e material para eventual solução desta zoonose. Só com um esforço integrado de todas as instituições e da sociedade em geral se poderá alterar o actual panorama. A criação de mecanismos para melhorar a notificação e o combate a raiva, e uma necessidade urgente. Cabe a cada cidadão a responsabilidade de não negligenciar esta doença, procurando orientação junto dos profissionais de saúde (médicos e enfermeiros) em relação a sua própria segurança ou junto ao médico veterinário, quando se tratar da saúde do seu animal de estimação. As Unidades Sanitárias mesmo as das zonas mais remotas, não deveriam permitir uma ruptura de stocks de vacinas e imunoglobulinas. A existência de canis e gatis para o isolamento de animais suspeitos, e uma necessidade urgente.en_US
dc.language.isoporen_US
dc.publisherUniversidade Eduardo Mondlaneen_US
dc.subjectSaúde públicaen_US
dc.subjectRaivaen_US
dc.subjectCombate a raivaen_US
dc.titleCaracterização do conhecimento da raiva pelos estudantes das EP2 e informantes-chave na cidade e dois distritos da província de Nampula: contributo para o desenvolvimento de estratégias de profilaxia da doença em Moçambiqueen_US
dc.typethesisen_US
dc.embargo.termsopenAcessen_US
dc.description.resumoRabies is an endemic zoonosis with a relevant impact on public health, mainly because it is a fatal disease for humans and all warm-blooded animals. When declared it has no cure, culminating in death after a period of evolution and symptomatology, which impresses greatly. Its control at national level has been specially conceived by the lack of approximation between the various health, agriculture and education professionals, and there is no short-term solution envisioned. Prophylactic measures obtain at the moment, as well as little knowledge of the disease in Mozambique, demonstrate that the desired results have not been achieved, registering a successive increase in the number of obtained in humans and animals. In Mozambique, Nampula province, we have had cases of rabies in humans in the last three years. Prevention and educational measures aimed at the population are inexpensive and very effective, being recognized as essential for reducing the number of cases of the disease. The objectives of the work were to identify the knowledge of the disease in students of primary schools of level 2 (EP2) and key informants in the city and two districts in the province of Nampula, as well as to identify which prevention and transmission mechanisms are known, to evaluate o Treatments for bite wounds as well as analyze the correlation between the selected variables. It was a descriptive and cross-sectional study combining quantitative and qualitative methods. The first method included an interview on Knowledge, Attitudes and Practices (CAP) to 210 students in primary schools. The qualitative method was based on a semi-structured interview addressed to the 52 key informants made up of Methods (6), Nurses (6), Hospital Personnel (10), Veterinarians (2), Teachers (9), Directors (5), Directors Schools Pedagogists (4), Political Authorities (3), Parents (5), Police (1) and Pharmacy Technician (1). The results obtained demonstrate that students need to acquire knowledge, especially in terms of prevention and urgent treatment for bite wounds. Of the respondents, 87% said they had heard of human rabies, .32.3% had seen rabies in humans and 54% in animals. Of the sample, 19% of students are unaware of the ways in which the disease spreads, and only 45% say that the domestic dog is the main transmitter of the disease. Wild animals have been omitted as transmitters. About the vaccination period, only 37% are aware that this knowledge should be carried out annually, and 13% demonstrated, in general, a total lack of knowledge of the main preventive measures. When asked what to do in the face of an aggressor animal, only 24% expressed a desire to immediately slaughter the aggressor and 9% stated that they would do nothing. The various institutions responsible for the dissemination of the disease are not done correctly, reflected by the 76% of students who stated that there is no explanation about this disease by any entity. However, 96% of students show a lot of interest in reading a pamphlet if it existed. Very positive factor and that 37% of the students demonstrated to be aware that a bite wound is dangerous and 47% declared it to be very dangerous. However, 74% of those interviewed said that rabies could be treated. Regarding the procedures to be carried out after an aggression, 49% of the students declared to go immediately to a Health Unit and 40% declared that they would do the first aid at home, going to the Hospital. The first method included an interview on Knowledge, Attitudes and Practices (CAP) to 210 students in primary schools. The qualitative method was based on a semi-structured interview addressed to the 52 key informants made up of Methods (6), Nurses (6), Hospital Personnel (10), Veterinarians (2), Teachers (9), Directors (5) , Directors Schools Pedagogists (4), Political Authorities (3), Parents (5), Police (1) and Pharmacy Technician (1). The results obtained demonstrate that students need to acquire knowledge, especially in terms of prevention and urgent treatment for bite wounds. Of the respondents, 87% said they had heard of human rabies, .32.3% had seen rabies in humans and 54% in animals. Of the sample, 19% of students are unaware of the ways in which the disease spreads, and only 45% say that the domestic dog is the main transmitter of the disease. Wild animals have been omitted as transmitters. About the vaccination period, only 37% are aware that this knowledge should be carried out annually, and 13% demonstrated, in general, a total lack of knowledge of the main preventive measures. When asked what to do in the face of an animal aggressor, only 24% expressed a desire to immediately slaughter the aggressor and 9% stated that they would do nothing. The various institutions responsible for the dissemination of the disease are not done correctly, reflected by the 76% of students who stated that there is no explanation about this disease by any entity. However, 96% of students show a lot of interest in reading a pamphlet if it existed. Very positive factor and that 37% of the students demonstrated to be aware that a bite wound is dangerous and 47% declared it to be very dangerous. However, 74% of those interviewed said that rabies could be treated. Regarding the procedures to be carried out after an aggression, 49% of the students declared to go immediately to a Health Unit and 40% declared that they would do the first aid at home, going to the Hospital.en_US
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