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Title: Infecção pelo vírus zika em pacientes com febre aguda de origem desconhecida no Hospital Geral da Polana Caniço, em Maputo, 2016-2018
Authors: Gudo, Eduardo Samo
Mussá, Tufária
Pereira, Sádia Ali
Muianga, Argentina Felisbela
Keywords: Vírus zika
Síndrome febril
Mozambique
Febrile syndrome
Issue Date: 1-Mar-2025
Publisher: Universidade Eduardo Mondlane
Abstract: O vírus zika foi pela primeira vez isolado a partir do macaco Rhesus em 1947 em Uganda. Este, causa doença febril, acompanhada de outros sintomas, tais como cefaleia, exantema, mal-estar, edema e artralgia, por vezes intensas, que se fazem confundir com doenças endémicas tais como a malária, sarampo e rubéola. Objectivos: Este estudo teve como objectivo avaliar a ocorrência da infecção pelo vírus zika em pacientes com febre de origem desconhecida no Hospital Geral da Polana Caniço em Maputo, de Janeiro de 2016 à Dezembro de 2018. Metodologia: Trata- se de um estudo transversal, no qual foram incluídos um total de 877 indivíduos, com febre aguda e uma positividade de 20,4% para malária, sem outras causas identificáveis de febre. Foram colhidos 10mL de sangue total de cada individuo do estudo, dos quais, 5mL em tubo com anticoagulante K 3 EDTA e os restantes 5mL em tubo seco. Na testagem laboratorial foi usada a técnica ELISA para a detecção qualitativa de anticorpos IgM anti-ZIKV, IgM anti-DENV e antígeno viral NS1 do DENV, e a técnica RT-PCR em tempo real para a detecção qualitativa de ácidos nucleicos virais. A análise de dados incluiu a estatística descritiva, análises uni e multivariadas realizadas usando o pacote estatístico IBM SPSS versão 26. Resultados: A maior parte dos indivíduos eram do sexo feminino (60.16% de 524/876) e do grupo etário dos 25<50 anos (46,1%). Foi observada uma positividade de 15,6% (133/852) [IC95% 13.2 -18.0)] para os anticorpos IgM anti-zika, 7% (58/877) [IC95% 4.6 – 9.4)] para os anticorpos IgM anti-dengue, 3,6% (32/877) [IC95% 2.7 – 4.5)] para o antígeno NS1 do vírus dengue. Para RT-PCR em tempo real, nenhuma amostra foi positiva para o ZIKV e 0.7% (2/288) [IC95% 0.3 – 1.3)] foi a frequência de amostras positivas para o DENV. Os casos de monoinfecções por zika, dengue e malária corresponderam a 7% (60/852) [IC95% 5.8 – 8.2)], 7% (61/877) [IC95% 5.8 – 8.2)] e a 12,2% (105/858) [IC95% 10.1 – 14.3)] respectivamente. Para as coinfecções foi identificada uma positividade correspondente a 2,1% (18/859) [IC95% 1.0– 3.2)] para ZIKV+DENV, 8%(65/812) [IC95% 6.3 – 9.7)] ZIKV+MAL, 2,3%(20/857) [IC95% 1.4– 3.2)] para DENV+MAL, 1,2%(10/867) [IC95% 0.3 – 2.1)] para ZIKV+DENV+MAL. Conclusão: Os resultados do estudo evidenciam a circulação activa não só do ZIKV, mas também do DENV no bairro da Polana caniço em Maputo em pacientes com síndrome febril. A circulação activa e silenciosa do ZIKV e DENV em Maputo, contribuem significativamente para a morbilidade na população estudada
URI: http://www.repositorio.uem.mz/handle258/1188
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