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Title: Ficar em casa ou na rua: espaços habitacionais e as experiências vividas de COVID-19 na cidade de Chimoio
Authors: Braga, Carla M. T.
Munguambe, Danícia Arlindo
Keywords: Antropologia da saúde
Espaço habitacional
COVID-19
Anthropology of health
Living space
Lived experiences
Issue Date: 1-Oct-2024
Publisher: Universidade Eduardo Mondlane
Abstract: Nesta pesquisa procuro analisar as experiências que as pessoas têm do “fique em casa” e as respostas dadas pelos residentes do bairro 16 de Junho à esta medida preventiva, considerando os seus espaços habitacionais e os espaços de busca de alimento diário. A partir do mês de Março de 2020, Moçambique passou a colocar em sua agenda o desenho de políticas de saúde e políticas públicas para reduzir a ocorrência dos casos de infecção pelo SARS-CoV-2, o vírus que causa a Coronavirus Disease 2019 (COVID-19). Neste âmbito, para além de medidas como o uso de máscaras, higienização das mãos e objectos pessoais usados regularmente, adoptou-se o “fique em casa” como uma das medidas para a redução do risco de infecção pelo SARS-CoV-2. Alguns estudos realizados referentes à análise da implementação destas medidas e sua relação com os modelos de habitação em Moçambique, mencionam que no país o problema de habitação é um aspecto que deve ser tomado em conta para compreender a exequibilidade da medida preventiva (SAMBO e JÚNIOR, 2021). Orientada pela fenomenologia, como referencial teórico e articulada ao método etnográfico, a pesquisa fornece evidências de especificidades subjectivas em relação ao cumprimento do “fique em casa”. Os resultados do estudo indicam que o espaço habitacional assumido como espaço fluído (parte das relações e necessidades das pessoas) remete a uma desconstrução de toda uma ideia de possibilidade de se manter em casa. Ademais, (i) a rua como local de busca de sustento diário caracteriza-se por um espaço de conflitos entre os cidadãos e a polícia municipal, microcosmo assinalado por um conflito social cuja face mais marcante na minha pesquisa caracteriza-se pelo conflito entre o vendedor informal e a polícia municipal; (ii) o corpo, quando submetido a situações de fome, torna-se um corpo controlável mediante práticas de apoios e ajudas sociais. Assim, a fome e a casa fazem do “fique em casa” uma medida preventiva com características que depende das condições existentes em cada contexto
URI: http://www.repositorio.uem.mz/handle258/1185
Appears in Collections:DAA - FLCS - Dissertações de Mestrado

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